Atividades e Serviços

  • Colónia de férias

    Realizam-se três colónias por ano, em praias das zonas Sul e Centro do País, com duração de 1 a 2 semanas para cada valência.

    • Uma Colónia, para os utentes e respetivo familiar, habitualmente o cuidador mais sobrecarregado com a prestação de cuidados diários, sempre acompanhados por uma equipa técnica e alguns membros da Direção. Ali são trabalhados comportamentos estereotipados, estados psíquicos e depressivos num ambiente lúdico e de descontração com o apoio do psicólogo.
    • As outras duas Colónias, para os utentes de CAO, Lares e Residências Autónomas, são acompanhados de equipa técnica multidisciplinar, durante a qual são trabalhadas questões de higiene, hábitos de vida diária e autonomia, num contexto de praia e lazer.
  • Gabinete de Psicologia

    As intervenções do Psicólogo acontecem tanto a nível individual como a nível do grupo existente.
    Com base na Intervenção Sistémica ou na Intervenção Cognitivo – Comportamental, focando-se mais na parte cognitiva, quando existe essa capacidade, ou na parte comportamental quando sobressaem maiores limitações cognitivas, perseguimos o bem-estar da pessoa portadora de deficiência, procurando seguir o modelo de qualidade de vida incapacitada de Schalock e Verdugo.

    Significa isto que se procura sobretudo o desenvolvimento pessoal, bem-estar emocional, físico e material, as relações interpessoais, mas também a autodeterminação, a inclusão social e a defesa dos seus direitos (incluindo o empowerment).

    Os indicadores de qualidade de vida são perceções, comportamentos ou condições específicas de uma dimensão que refletem a perceção de uma pessoa sobre o seu próprio grau de qualidade de vida (Verdugo et al, 2008; Schalock & Verdugo, 2008; Verdugo, Arias, Gómez & Schalock, 2010).

    Também há um enfoque na Psicoeducação, de forma a esclarecer e a perceber o que sentem e porque o sentem, promovendo também o seu crescimento emocional.

    A sua projeção no futuro, a aceitação das suas limitações e a procura de alternativas são um importante desafio para os portadores de défices cognitivos mais ligeiros.

    Também é realizada a avaliação na fase de inscrição nas listas de espera, para se perceber se a patologia se adequa à população atendida pela instituição e, em caso afirmativo, faz-se a avaliação da urgência do pedido, da capacidade cognitiva e do apoio familiar à pessoa em questão.

    Em caso de integração, avalia-se a motivação para as diversas atividades, as relações sociais mais próximas e a capacidade de lidar com uma nova realidade, como por exemplo, a estadia em Lar.

    Após a entrada na instituição, pretende-se uma boa aceitação de todos, resolução de possíveis conflitos com os técnicos e os colegas, despiste de necessidades de ajuste da medicação, promoção do bem-estar psicológico, realização de um plano de vida a curto e médio prazo, e integração nas suas atividades preferidas.

  • Salas Snoezelen

    Existem duas salas para a prática de Snoezelen, uma no CAO da Ameixoeira, em Lisboa, e a outra em Famões, no Equipamento Social “Telhadinho”, destinadas às pessoas portadoras de deficiência cognitiva.

    A Terapia Ocupacional habilita para a ocupação de forma a promover a saúde e o bem-estar das pessoas deficientes cognitivas da Cedema. Tem como principal objetivo, agir em parceria com a equipa para otimizar as atividades e promover uma participação satisfatória nas mesmas.

    A avaliação e a intervenção pretendem desenvolver competências, restaurar funções perdidas, prevenir disfunções e/ou compensar funções, através do uso de técnicas e procedimentos específicos, com a utilização de tecnologias de apoio sempre que necessário.

    O Snoezelen, orientado pela terapeuta ocupacional da Cedema, é uma filosofia de bem-estar que permite promover o relaxamento, a relação e a estimulação. Para este trabalho existem duas salas de estimulação multissensorial, uma no CAO, mais completa com acolchoado, cama e colunas de água, fibras óticas, iluminação, música e painéis, e a outra no “Telhadinho” mais simples com acolchoado e cama acolchoada, espelho, fibra ótica, iluminação e música. Ambos os espaços permitem a seleção e controlo dos estímulos, a estimulação dos sentidos, com música suave e um ambiente calmo numa relação privilegiada paciente-terapeuta, promovendo a descoberta de canais de comunicação sensorial.

    A sessão é organizada de forma a estudar e trabalhar os comportamentos/posturas, as atividades corporais e os estados emocionais da pessoa com défice cognitivo.

    O Snoezelen é também uma forma de relacionamento com as atividades do dia-a-dia desenvolvidas na Cedema, despertando os sentidos no processo de autonomia, durante as atividades de desporto e artísticas, de culinária, de alimentação, de higiene, de comunicação sensorial, e outras.

  • Apoio Ambulatório

    Iniciado em 2003, este serviço visa auxiliar as pessoas portadoras de deficiência cognitiva e seus familiares no domicílio e compreende o acompanhamento hospitalar ambulatório assim como compras de primeira necessidade, entre outras.

  • Grupo e Teatro

    O Grupo de Teatro, criado em 2004, visa a promoção da pessoa portadora de deficiência cognitiva no contexto profissional das artes performativas e de palco. Utilizando nas dinâmicas de grupo toda uma vivência individual que passa, acima de tudo, pelo auto conhecimento. Esta atividade ajuda a quebrar barreiras de comunicação, de desenvolvimento da criatividade, de promoção da confiança e da autoestima.

    Este grupo que então integrava um coletivo de nove elementos e dois técnicos, apresentou a sua primeira peça “Quebra Medos”, no Fórum Lisboa, em 2005.

    No envolvimento dos trabalhos de grupo recorrem-se a técnicas de improviso, de dicção, de exploração da expressão corporal e de noção tempo-espacial. Técnicas estas que estimulam no ator a sua capacidade de concentração, de memória e de equilíbrio físico, permitindo o domínio do corpo e da palavra.

    O vídeo e a fotografia são ainda ferramentas que o grupo utiliza com o objetivo de interagir com a comunidade, criando pontos de partida para a construção cénica e performativa dos seus trabalhos.

    O Grupo de Teatro da depois da sua primeira peça, apresentou outras peças didáticas, como a “Alegria na Criação” (2007); “Nevoeiro” (2010); “Vivências” (2014); “Caixa de Sonhos” (2015). E ainda os filmes “Emoções”, integrado no projeto Pro’Arte, em 2008, e “Olhos nos Olhos”, em 2016

    Abre-se agora uma janela de oportunidade na troca de experiências e intercâmbio com instituições congéneres nacionais e da União Europeia.

  • «Cozinha para Todos»

    Em 2014, o projeto “Cozinha para Todos” da CEDEMA, foi um dos escolhidos pela Missão Sorriso do Continente, teve um impacto muito positivo na autonomia dos 10 utentes das Residências Autónomas, em Famões.

    A equipa composta por 10 pessoas portadoras de deficiência mental orientada pelos formadores internos, aprendeu um pouco de tudo sobre o mundo da cozinha, desde fazer menus, ir às compras, pôr a mesa, cozinhar, empratar e servir à mesa.

    Para treinar as suas competências, a Direção convidou algumas individualidades para “almoços intimistas”, preparados e servidos pelos formandos do projeto “Cozinha para Todos”, seguido de uma visita guiada às instalações do Equipamento Social “O Telhadinho”.

  • Aceitaram o convite para estar connosco: Conceição Lino, jornalista da SIC; Maria Cavaco Silva, madrinha da CEDEMA, ex-primeira-dama; Maria João Ruela, jornalista, Chef Vitor Sobral; Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa; Hugo Martins, Presidente do Município de Odivelas, Corália Rodrigues, Presidente da Junta de Freguesia Pontinha e Famões, Cristina Lai Men, jornalista da TSF, entre outras.
  • Oficina das Artes

    • Sala do Pincel Mágico

      Projeto Multidisciplinar de Acessibilidade às Artes que trabalha áreas da Cerâmica, Artes Plásticas, Têxteis e Reciclagem em projetos coletivos de Inclusão pela Arte. Inicialmente apoiado pelo INR – Instituto Nacional de Reabilitação, criou um blogue e uma página no facebook onde são registadas as principais atividades e prosseguiu depois na mesma linha desenvolvendo diversas ações, exposições e apresentações públicas.

      Os “Cabeças na Lua” são o primeiro grupo de teatro de marionetas inteiramente construído e apresentado por adultos portadores de défice cognitivo e conta já com duas histórias diferentes e muitas representações. Este trabalho tem o apoio duma Monitora e duma Terapeuta Ocupacional.

      Neste âmbito, promovem-se as marchas de inclusão e o folclore carnavalesco, para participar em eventos populares da comunidade, gerando parcerias com as entidades locais.
      Atualmente, além dos ensaios e atuações do grupo “Cabeças na Lua”, foi retomado o projeto “Azulejaria Inclusiva”, um convite do Museu Bordalo Pinheiro, dando continuidade à dinâmica gerada há 2 anos, onde se desenvolveu uma iniciativa de intercâmbio cultural com os serviços educativos do museu, que culminou na Exposição “Aqui há Gatos”.

      Na sala “Pincel Mágico” a equipa trabalha essencialmente com a amizade, o respeito e a imaginação de um grupo tão especial.

      Presentemente, a CEDEMA tem montado um espetáculo, com a animação da história “O ratinho marinheiro” de Luísa Ducla Soares, livro do Plano Nacional de Leitura, que se destina a escolas e espaços públicos.

    • Sala Arco-íris

      Destina-se às pessoas portadoras de deficiência cognitiva mais profunda, os menos autónomos, onde se pretende trabalhar o estímulo emocional, através do prazer e bem-estar, como objetivo principal.

  • ASAS – Arte Sem Amarras

    Este projeto visa sensibilizar, ensinar e formar jovens portadores de deficiência cognitiva mais ligeira para uma vida artística, na área da cerâmica.

    Produz peças com desenhos elaborados pelos utentes e pode reproduzir os desenhos que se quiser, por encomenda ou para servir objetivos específicos.

    Tem um grau de exigência maior em termos de perfeição e técnicas com o intuito de, futuramente, se virem a colocar as peças no mercado.

    Uma das preocupações da CEDEMA tem sido a inserção social e laboral dos utentes, mantendo-os ocupados de forma tão útil como possível, segundo as suas capacidades, tendo sempre em vista a sua plena inclusão e autonomia.

    Participaram pessoas portadoras de deficiência cognitiva e de multideficiência. Tem-se vindo a trabalhar algumas dificuldades associadas ao perfil desta população alvo tais como: problemas de coordenação ao nível do movimento fino, dificuldades de memorização e concentração, atitude passiva, baixam nível de autoestima e frustração por não conseguirem atingir os objetivos.

    Atualmente este grupo apresenta já uma tranquilidade e equilíbrio emocional, uma atitude crítica social e artística, satisfação e autoestima, comunicação e maturidade nas relações pessoais, respeito pelas regras e um desejo constante de atingir os objetivos propostos. Durante este período de pré formação, os utentes com os conhecimentos adquiridos criaram linhas de peças utilitárias e decorativas.

    Estas competências, aliadas à autonomia de transportes, são as ferramentas chave para se tornarem mais autónomos, dando-lhes desta forma um objetivo às suas vidas.